Apesar do meu ontem ter pouca relevância sobre o meu hoje das tecnologias, mas o passado publicitário batizou a minha liberdade geográfica bem antes das inovações digitais. Sendo de São Paulo eu morei em Portugal e iniciei escaladas por outros países do continente europeu indo até o asiático, ao africano e americano no mesmo tempo que trabalhava pela internet com publicidade e marketing para pessoas de negócios de várias regiões do planeta. Com bacharelado em marketing pela FIB e Pós Graduação em Marketing Internacional pela Universidade Federal do Ceará, há 25 anos atrás, lá nos auges da propaganda criativa mundial, eu era um dos funcionários criativos da agência W/Portugal do Washington Olivetto com Jaime Mourão-Ferreira. A experiência pelo marketing criativo sem fronteiras começou logo depois da W/Portugal. A vontade de estar livre para desbravar a vida com o que eu amo fazer, marketing e publicidade, me levou a trabalhar sem patrão pelas entranhas culturais da humanidade, onde conheci o verdadeiro eu de muita gente entre cidades ricas e províncias pobres, naturezas selvagens e animais, desde grandes vitrines da sociedade moderna como Londres e New York até lugares esquecidos pelo tempo. Cada trabalho realizado viajando mundo afora foi um grande aprendizado, principalmente vindo das marcas que escreveram meus principais capítulos na publicidade como fez O Boticário, Revista Caras, Fiat Iveco, Portugal Telecom, TAAG Empresa Aérea Angolana, Speedo, Consórcio Magazine Luiza, Consórcio Remaza, Auto Shopping Cristal, Não+Pelo, Unimed, Detergente Ypê, Samsung, Kia e outras mais incluindo empresas e pessoas que me deixaram um grande legado: quem abre o coração para aprender, aprende a viver melhor. Por isso que, em 1996, mesmo ainda não existindo a internet como é hoje, para fazer acontecer o trabalho e aprender mais sobre a vida na órbita da comunicação, eu embarcava num voo até o cliente com mentalidade criativa para discutir trabalhos. E, até que finalmente, a era das tecnologias chegou e aumentou ainda mais a liberdade geográfica que eu já tinha.
Experiências, adversidades, culturas, povos, naturezas, jeito de falar,
de vestir, de comer, não importa.
O mundo é um briefing.
Diversas campanhas já foram
criadas de dentro dos Parques de Orlando. A energia do lugar entrega
dicas de conceitos.
Istambul na Turquia é impressionante por sua cultura. Todas as mesquitas nos fazem entrar no estado perfeito para criar campanhas mágicas.
Escócia. Foi desse lugar que eu criei algumas campanhas para o Governo de São Paulo. O trabalho peregrino é um briefing sem rasuras.
A Capadócia foi um dos lugares mais incríveis que já conheci. Foi daqui que eu criei campanhas para o produto Salompas de São Paulo.
Istambul novamente impressionante.
A vida dos antigos sultões contribuiu para que diversos conceitos fossem criados para o Auto Shopping Cristal.
Nenhuma experiência é desnecessária para quem vive criando trabalhos publicitários. Estar criando no meio da Amazônia com os índios é uma delas.
Pelos mares do Caribe a bordo do Navio Allure of the Seas. A sensação para criar é perfeita, ou seja, o mar trás as ideias e vento confirma o conceito.
No marketing digital ser multidisciplinar não é uma escolha, é uma das melhores maneiras que existe, ou talvez a única, de obter visão alargada sobre os aspectos do mercado online. Mas independente dos conhecimentos de mercados ou tecnologias, eu não abro mão de uma grande ideia presente nos trabalhos levados aos leitores. Refém das campanhas encantadoras que divertem pessoas, eu acredito que a ideia tem o poder de transformar as coisas. Adoro o universo do marketing digital, principalmente o inteligente, porque ele abre oportunidades para empresas, pessoas e ajuda o público alcançar produtos sem precisar esticar o braço.
A criatividade coloca alegria na trajetória do consumidor, e quem não gosta disso?
O bom uso das palavras populares bem combinadas aos aspectos culturais do povo, se bem usadas na comunicação do marketing digital, elas geram ideias que quebram gelos entre pessoas e novas experiências. Toda grande ideia de comunicação que consegue estabelecer intimidade entre quem vende e quem compra trás recompensas. Por isso que, sempre, eu defendo primeiro a criatividade falada e escrita. O que é bom agrada, diverte pessoas e fica mais tempo na memória do público. Coisas lembradas vendem sempre e sobra mais dinheiro para investir ou guardar.
